Efemérides Astronômicas – Julho – 2022
Efemérides Astronômicas – Julho – 2022
Quando a Terra, na execução de sua órbita ao redor do sol, passa por uma esteira de detritos de um cometa ou asteroide, ocorre o fenômeno “chuva de meteoros”. Este é o destaque nas Efemérides Astronômicas de julho.
Na madrugada do dia 28 para 29 deste mês, ocorrerá o pico da chuva de meteoros denominada Delta Aquáridas do Sul. Estima-se uma produção média de 13 a 30 meteoros por hora riscando o céu em longos traços com tons de amarelo e amarelo-azulado.
Nesse dia, a lua estará na fase nova e, por isso, o céu estará mais escuro, propiciando melhor visibilidade das popularmente conhecidas “estrelas cadentes”. Para melhor observar o fenômeno, dirija seu olhar na direção do leste geográfico e deixe que a visão se acostume com a escuridão por aproximadamente 15 minutos.
Esta chuva de meteoros está ativa desde 18 de julho e seguirá até 21 de agosto. Ela é melhor visualizada a partir do hemisfério sul porque seu radiante (ponto de onde aparentemente os meteoros emanam), a constelação de Aquário, próximo à estrela Delta Aquarii, está mais alto no céu ao sul do equador. Também é observável no hemisfério norte, porém, com taxas menores. Durante o pico do fenômeno, o radiante contará com a visita do planeta Júpiter.
Não se sabe ao certo a origem da Delta Aquáridas. Atualmente, astrônomos consideram que seu “objeto pai”, que são cometas ou asteroides que dão origem ao chuveiro, seja o cometa 96P Machholz, descoberto em 1986.
Meteoróides são pedaços de matéria rochosa ou metálica vagando pelo espaço em órbitas variadas ao redor do Sol e seus tamanhos, na maioria das vezes, se assemelham ao de uma pequena pedra. Quando um corpo desses entra em contato com a atmosfera terrestre, o atrito com os gases faz com que se aqueça a ponto de gerar um brilho perceptível aos nossos olhos. A esse corpo brilhante dá-se o nome de meteoro.
O risco no céu, que dura por poucos segundos, na maioria das vezes consome totalmente o meteoro. A maioria dos meteoros se queima completamente ao atrito com a atmosfera, mas quando isso não acontece, o restante atinge o solo e recebe o sufixo “ito”, usado em mineralogia, passando a ser chamado meteorito.
Quando a Terra, em sua órbita ao redor do Sol, passa por uma região com muita poeira – os meteoróides –, temos uma maior incidência desses corpos entrando pela atmosfera terrestre, ocasionando as chamadas chuvas de meteoros.
Outros eventos astronômicos observáveis em todo o mundo
13 de julho – Superlua
15 de julho – Conjunção entre Lua e Saturno
Estarão entre as constelações de Capricórnio e Aquário.
18 de julho – Conjunção entre Lua e Júpiter
Estarão entre as constelações de Peixes e da Baleia.
21 de julho – Conjunção entre Lua e Marte
Estarão na constelação da Baleia.
23 de julho – Encontro da Lua com o aglomerado estelar das Plêiades
26 de julho – Conjunção entre Lua e Vênus
Estarão na constelação de Gêmeos.
Saiba mais
A Lua tem seu brilho intensificado na Superlua. O fenômeno acontece quando a Lua cheia coincide com o perigeu, que é o ponto de máxima aproximação da Terra.
Durante a Superlua – termo que se originou entre os astrólogos no final da década de 1970 –, o disco lunar pode ter um aumento de até 14% do seu tamanho, mas que não é tão perceptível aos nossos olhos nus, e de até 30% de seu brilho, aspecto que os nossos olhos mais percebem.
A órbita elíptica da Lua em torno da Terra causa variações de distância em relação ao nosso planeta. Ela possui dois pontos distintos, que são nomeados apogeu e perigeu. O apogeu se refere à posição de máxima distância em relação à Terra e o perigeu, à posição de máxima aproximação.
As Plêiades são um aglomerado estelar aberto localizado na constelação de Touro que fascina por conter milhares, quem sabe até centenas de milhares de estrelas de brilho intenso, muitas delas até cem vezes mais brilhantes que o Sol, unidas por um mesmo elemento, um campo gravitacional comum, sem forma definida. A olho nu, seis estrelas podem ser vistas a partir da Terra.
O fenômeno chamado “conjunção” ocorre quando o observador aqui da Terra tem a visão aparente de que dois ou mais corpos celestes estão muito próximos. Essa proximidade entre os corpos celestes que nossos olhos percebem, sem ajuda de equipamentos, não é real, eles na verdade estão muito distantes um do outro.
6 / julho – Lua Crescente
13 / julho – Lua Cheia
20 / julho – Lua Minguante
28 / julho – Lua Nova
Fontes: jpl.nasa.gov/calendar / solarsystem.nasa.gov / in-the-sky.org / Stellarium.org / earthsky.org / ov.ufrj.br / planetary ephemeris – Jet Propulsion Laboratory (JPL) / jpl.nasa.gov / rmg.co.uk / amsmeteors.org / imo.net – International Mteor Organization / canaltch.com.br
As efemérides astronômicas são uma agenda mensal elaborada pelo Setor de Astronomia, que é um dos 12 que integram o Departamento Laboratório da PRÓ-VIDA. No departamento, são desenvolvidos estudos, pesquisas e experiências científicas relacionadas a diversos temas, bem como atividades de campo e palestras.
As efemérides astronômicas são uma agenda mensal elaborada pelo Setor de Astronomia, que é um dos 12 que integram o Departamento Laboratório da PRÓ-VIDA. No departamento, são desenvolvidos estudos, pesquisas e experiências científicas relacionadas a diversos temas, bem como atividades de campo e palestras.