Experiência Integrada envolve nove países
Experiência Integrada envolve nove países
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*Texto em português de Portugal.
Procurar a razão é uma das formas do investigador exercitar a sua função.
A vontade de responder aos “porquês”, de entender cada vez mais as leis da natureza e do universo inspira os participantes da PRÓ-VIDA a realizar uma série de atividades e estudos no Departamento Laboratório.
Entre outros projetos estão as experiências integradas, que reúnem pessoas em todo o mundo para trabalhar simultaneamente numa mesma pesquisa.
Imagine mais de 800 participantes, em 9 países, com idiomas e fusos horários diferentes, que sincronizam o relógio para começar a experiência no mesmo momento, utilizando kits padronizados e seguindo um único protocolo. E mais, participa o investigador académico, bem como a criança com a sua curiosidade nata. Como é que isso é possível?
Junção por um objetivo: conhecimento. E a atração é praticamente imediata.
O processo da experiência integrada acontece em três etapas, todas realizadas com rigor científico.
Definidos os objetivos, a primeira fase é a do planeamento da experiência, que pode levar até um ano ou mais, dependendo do projeto.
A equipa elabora o protocolo da pesquisa, num trabalho conduzido por integrantes da PRÓ-VIDA, entre ao quais investigadores reconhecidos no meio académico. Eles definem, entre outros aspectos, os materiais a serem utilizados, a metodologia, as variáveis que devem ser observadas e o procedimento para efetuar os registos.
Apesar de seguirem padrões de rigor científico, as experiências são formatadas para serem simples na sua realização estando ao alcance de todos. Essa simplicidade é a base da segunda etapa, chamada de execução, que tem uma característica: a diversidade. Na experiência integrada mais recente, que está em fase de conclusão, participaram 83 laboratórios da PRÓ-VIDA no mundo, que agregaram valor aos testes para a validação académica porque é possível repetir e reproduzir a experiência em diferentes condições climáticas e de localização geográfica. Por exemplo, enquanto participantes de uma cidade com clima quente e seco colhem os resultados da pesquisa, outros realizam simultaneamente o mesmo estudo numa cidade coberta de neve.
A fase de execução pode demorar dias ou até semanas e envolve tanto especialistas em investigação quanto pessoas que vivem pela primeira vez a experiência de serem pesquisadoras. Cada um tem uma função e todos procuram oferecer o que têm de melhor. São centenas de pessoas ao redor do mundo que compartilham uma intenção, trabalhando física e mentalmente naquele objetivo comum.
Na terceira etapa acontece a compilação dos dados por setores específicos do Departamento Laboratório. O registo em imagens, anotações, relatórios e tabelas geram uma imensa massa de informações. Para se ter ideia, na experiência integrada mais recente, foram mais de 3.000 fotografias e de 6.000 pontos amostrais. As equipas analisam com base em técnicas consolidadas interpretam todas as perspectivas, aferem e deliberam as conclusões finais da experiência, antes da sua divulgação.
83
cidades
6.000
pontos amostrais
3.000
fotografias
As pessoas envolvidas na experiência integrada colocam-se como observadoras que constatam e procuram testar hipóteses. Podem validar as conclusões ou não.
E quando o resultado é diferente do esperado?
Também se procura a razão.
Nem toda a semente germina quando e como queremos, mas sim quando está pronta para a vida.
História
A primeira experiência integrada da PRÓ-VIDA foi realizada em março de 2003, com participantes da PRÓ-VIDA em 34 cidades do Brasil. Cinco meses depois, foi lançada a segunda pesquisa, já com a participação de pessoas da Argentina, do Chile e de Portugal, para além do Brasil. Atualmente, o processo dura em média 2 anos, entre preparação, execução e análise dos resultados. As equipas agora trabalham na nona experiência, com o envolvimento de mais de 800 pessoas espalhadas por 83 laboratórios da PRÓ-VIDA em 9 países distribuídos pela América do Norte, América do Sul, pela Europa e Ásia.