Efemérides Astronômicas – Maio 2021
Efemérides Astronômicas – Maio 2021
Cinco, dentre os vários eventos astronômicos que podem ser observados a olho nu neste mês de maio, tanto no hemisfério sul como no hemisfério norte, merecem especial atenção, e até mesmo uma reflexão. São eles …
Fases da Lua tal qual são vistas no hemisfério norte
03 de maio – Lua Minguante
11 de maio – Lua Nova
19 de maio – Lua Crescente
26 de maio – Lua Cheia
4 e 31 de maio
Conjunção tripla entre Lua, Jupiter e Saturno
O nosso satélite, a Lua, o planeta Júpiter e o planeta Saturno estarão encenando uma espécie de dança celeste neste mês de maio.
No dia 4, eles se aproximarão a ponto de formarem uma conjunção tripla, ou seja, serão vistos por nós, aqui da Terra, bem próximos um do outro no céu noturno.
Nos dias subsequentes, eles se movimentarão em afastamento e aproximação, mas sem se aproximarem o suficiente para caracterizar uma conjunção até que no dia 31 voltam a se tornar próximos o bastante para formar novamente uma tripla conjunção.
Para observá-las, olhe para o horizonte leste, na direção da constelação de Capricórnio – a partir de 1h30min (Brasília -3UTC), no dia 4 de maio, e a partir de 0h15min (Brasília -3 UTC), no dia 31 de maio.
Visível em todo o mundo.
5 de maio
Chuva de Meteoros Eta Aquáridas
Uma das duas chuvas de meteoros criadas pela entrada na atmosfera terrestre dos destroços deixados para trás pelo cometa Halley é a Eta Aquáridas.
Ativa no período de 19 de abril a 28 de maio, terá um chuveiro mais forte no trópico sul, com taxa média de 50 meteoros por hora em sua atividade máxima, com previsão para 5 de maio, e um pouco menos intenso no trópico norte, onde sua taxa média no período de pico será de 10 a 30 meteoros por hora.
Com o nome da estrela mais brilhante da constelação de Aquário, Eta Aquarii, é o ponto de origem (seu radiante) de seus meteoros rápidos – pois viajam cerca de 67 km/s – e de rastros persistentes. Eta Aquáridas terá sua observação facilitada devido ao fato de a Lua estar apenas 38% cheia, uma vez que está no terceiro dia da fase minguante, o que deixa o céu noturno com menos luminosidade.
O ideal para apreciá-la é estar em um local com pouca poluição luminosa, fixar o olhar no horizonte leste, entre 2h e 5h (horário Brasília -3UTC), do dia 5 de maio, na direção da constelação de Aquário.
Claro que ela poderá ser observada em outros dias que antecedam ou sucedam essa data, mas no dia 5 ela estará no seu esplendor.
Visível em todo o mundo.
16 de maio
Conjunção entre Lua e Marte
Agora é vez da Lua e de Marte aparecerem bem próximos um do outro no cosmos (em conjunção) para nós que os estamos observando aqui da Terra. É sempre significativo nos depararmos com a realidade de que o ângulo de observação define o fenômeno.
Conjunção observável na direção da constelação de Gêmeos, no horizonte noroeste, entre 18h e 19h15min (horário Brasília -3UTC).
Visível em todo o mundo.
17 de maio
Máxima Elongação de Mercúrio
O pequeno planeta Mercúrio, que tem a órbita mais próxima do Sol e por isso seu brilho se perde no brilho do disco solar, terá a sua aparição mais longa no céu noturno em 2021 no dia 17 de maio, quando ele atingirá sua máxima distância angular em relação ao Sol – 22º a leste, ou seja, quando ele estará em máxima elongação, momento muito propício para sua observação.
Na ocasião, sua superfície estará cerca de 47% iluminada, e seu brilho será de magnitude 0.3.
Para observá-lo dirija o olhar para o baixo no céu, cerca de 14º acima da linha do horizonte, na direção oeste/noroeste, após o pôr do Sol, por volta de 18h (horário Brasília -3UTC).
Visível em todo o mundo.
26 de maio
Superlua e Eclipse Lunar Total
O único eclipse lunar total em 2021 será na noite de 26 de maio, justamente quando ocorre a segunda Superlua das três consecutivas deste ano, o que vale dizer que teremos um eclipse total da Superlua.
Um eclipse lunar total ocorre quando há um alinhamento perfeito entre o Sol, a Terra e a Lua cheia (por ocasião do movimento das suas órbitas) – exatamente nessa ordem – com o nosso planeta ficando entres os outros dois astros, fazendo com que a Lua seja obscurecida pela sombra dele por estar localizada na região da umbra.
No eclipse lunar, a sombra projetada pela Terra possui duas partes: uma chamada umbra – não há iluminação direta do Sol –, e outra chamada penumbra – apenas parte da iluminação solar é bloqueada.
A Lua eclipsada terá magnitude de 1,009 no momento da totalidade do eclipse. Todo o eclipse terá duração de aproximadamente 5 horas, mas apenas por 15 minutos a Lua estará totalmente escurecida.
A Superlua ocorre quando a Lua, na fase cheia, está no perigeu, seu momento de maior aproximação do nosso planeta – cerca de 357.000 km – resultado das variações nas distâncias que há entre elas, Lua e Terra, uma vez que o nosso planeta não está precisamente no centro da órbita lunar, e a órbita lunar é uma elipse.
Nesse evento a Lua parecerá ter um diâmetro 7% maior que o usual, e um brilho 30% mais intenso.
O acontecimento simultâneo desses dois eventos astronômicos, eclipse lunar total e Superlua, ainda resulta em um outro evento chamado popularmente de Lua de Sangue.
É que a Lua não desaparece totalmente na sombra da Terra, mesmo no eclipse total, porque os comprimentos de onda de baixa frequência da luz do Sol, como o vermelho, refletem da atmosfera terrestre para o nosso satélite natural, deixando-o com cor avermelhada ou alaranjada.
Para observar o resultado da união desses dois fenômenos, eclipse lunar total e Superlua, é preciso estar no lado noturno da Terra na área de ocorrência do eclipse e olhar para o céu na direção leste a partir das 8h11min (Brasília -3UTC). Os mapas abaixo vão orientá-lo.
Fontes: jpl.nasa.gov/calendar / solarsystem.nasa.gov / eclipse.gsfc.nasa.org / amsmeteor.org / IMO (International Meteor Organization / Stellarium.org / rmg.co.uk / astro.if.ufrgs / earthsky.org / space.com / timeanddate.com
As efemérides são uma agenda mensal feita pelo Setor de Astronomia, que é um dos 12 setores que integram o Departamento Laboratório da PRÓ-VIDA.
As efemérides são uma agenda mensal feita pelo Setor de Astronomia, que é um dos 12 setores que integram o Departamento Laboratório da PRÓ-VIDA.